Entrevista com o Bruno Cardoso da Mito Urbano - Fine Art Photography

Esta semana conheça o Bruno Cardoso, da Mito Urbano - Fine Art Photography. O seu trabalho distingue-se pela originalidade das suas fotografias, cheias de texturas e cores.

Como iniciou a sua carreira de fotógrafo de casamento e qual foi o seu percurso?

Fiz alguns casamentos em Portugal em 2005, mas nada de grande destaque, era visto como uma forma fácil de ganhar algum dinheiro enquanto terminava o curso no Ar.Co. Entretanto e com o final do trajecto académico tive a oportunidade de trabalhar fora do país também em fotografia e o que se fazia na altura nos Estados Unidos a nível de fotografia de casamento, deixava-nos a anos-luz. Aí percebi que fotografar um casamento não era só disparar ao que mexia. Voltei a Portugal em 2007 e depois de dois ou três casamentos com outro fotógrafo apercebi-me de que realmente podia fazer um trabalho personalizado, a partir daí nunca mais olhei para trás.

Acha que qualquer fotógrafo pode-se tornar num fotógrafo de casamento?

É uma pergunta complicada de responder, se por um lado há hoje em dia, muita gente capaz de fotografar um casamento de forma “competente” é bastante difícil encontrar trabalhos que fujam ao “mainstream”, onde o fotógrafo faz a diferença e onde o seu estilo sobressai.

Quais acha que são as principais características que um fotografo de casamento deve possuir?

Não direi que há um conjunto ideal de características ou que X é mais importante que Y. Se por um lado a fotografia é muito matemática e física, também temos de ser capazes de nos abster da regra e fazer a excepção, a fotografia vive da criatividade e numa altura em que toda gente possui pelo menos uma câmara fotográfica isso ganha ainda mais importância. De volta à pergunta e sendo mais pragmático, é necessária muita criatividade.

Das fotos que tirou até hoje, qual a sua preferida?

Não tenho uma imagem favorita, embora haja situações em que pense “posso fotografar mais 1000 casamentos e não volto a fazer esta foto”, mas muito por culpa das variáveis que estão em jogo. Uma dessas fotos foi num casamento em Mafra, em Agosto de 2008 onde fotografei os noivos (Sónia & Vítor) com um veado. A situação foi tão surreal que a maioria das pessoas que vê a foto me pergunta se a mesma é verdadeira.

Que conselhos quer dar aos futuros noivos?

O melhor conselho que posso dar aquando a escolha do fotógrafo, é que se tentem imaginar nas fotos que vêem e se perguntem “Eu vejo-me nesta foto? É assim que quero relembrar o meu dia?” e a resposta que daí virá, deverá ser suficiente para qualquer decisão. 

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Agradecemos ao Bruno por ter partilhado connosco o seu trabalho e desejamos-lhe muito sucesso!

Xoxo

A Peônia